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Evite estes 10 erros comuns na candidatura ao Portugal 2020

Evite estes 10 erros comuns na candidatura ao Portugal 2020

Cada vez mais as empresas candidatam-se ao Portugal 2020, de forma a obter apoios que ajudem a melhorar as suas capacidades produtivas, aumentar o capital humano da empresa ou mesmo internacionalizar os seus produtos.

No entanto ao realizarem as mesmas, as empresas que optam por fazer esta candidatura sem apoio especializado, acabam por cometer erros crassos que podem ser evitados na maioria das vezes.

O NValores elaborou uma lista com os 10 erros mais comuns na candidatura ao Portugal 2020. Fique a saber quais são para não os cometer no futuro.

Caso não esteja muito familiarizado com os termos dos apoios, pode ver o artigo Dicionário do Portugal 2020.

Erros na candidatura ao Portugal 2020 – Evite-os!

Antes de submeter a uma candidatura ao Portugal 2020 (novo quadro de financiamento europeu) é importante avaliar se a sua empresa apresenta as características exigidas. Não se esqueça de que um erro cometido na submissão do seu projeto poderá inviabilizar totalmente a candidatura e deitar todo o trabalho “por água abaixo”.

1 – Não ter estatuto de PME

Este é um dos erros na candidatura ao Portugal 2020 que é cometido com maior frequência aquando da submissão de uma candidatura. Embora uma grande empresa se possa candidatar a determinados sistemas de incentivos, a grande maioria dos apoios são para PME’s (Pequenas e Médicas Empresas). De acordo com estudos realizados, mais de 99% do tecido empresarial português é PME.

Ressalvamos que o estatuto PME é emitido pelo IAPMEI e que deve proceder a um registo prévio na área do site do IAPMEI e preencher um formulário eletrónico de certificação para obter este estatuto.

É importante salientar que uma empresa que tenha uma participação acionista igual ou superior a 25% de uma grande empresa, já não pode ter este estatuto.

2 – Não fazer o registo no Balcão 2020

É um erro fulcral não realizar o registo da sua empresa no Balcão com a devida antecedência. Muitas vezes erros acontecem e se não tiver acesso não vai conseguir submeter nenhuma candidatura.

O registo é realizado aqui e deve ter consigo o NIF e a password das finanças (uma vez que o mesmo é realizado através desses dados).

3 – Não ter uma estratégia definida

No antigo quadro de apoios comunitários, verificou-se em grande escala que a facilidade de aprovação de candidaturas fazia com que os promotores fizessem candidaturas por fazer, sem ter uma estratégia definida.

Esta questão é um dos maiores erros nas candidaturas ao Portugal 2020, pois o que a maior parte das empresas não sabe é que num grande número de sistemas de incentivos os fundos são reembolsáveis, ou sejam, têm de ser sempre reembolsados.

Assim sendo, se não sabe ao certo qual a sua estratégia, é importante que a defina antes para poder saber que direção vai tomar o seu negócio. Não submeta uma candidatura ao Portugal 2020 se não tem intenções de realizar os investimentos que detalhou no formulário.

4 – Achar que todos os programas são a fundo perdido

Embora no QREN uma grande parte tivesse apoios a fundo perdido (ou seja não reembolsáveis), no Portugal 2020 isso não se verifica.

A totalidade do incentivo fornecido por norma tem de ser devolvido, no entanto caso cumpra mais do que 100% dos objetivos a que se propõe (tanto a nível financeiro, vendas ao exterior, número de recursos humanos contratados – estes fatores vão depender do programa operacional a que se candidata) pode obter até 45% a fundo perdido.

No entanto é importante salientar que para tal tem de cumprir 145% do projeto, caso cumpra apenas 100% terá que devolver todo o financiamento que obteve.

5 – Estar indeciso sobre o programa operacional a que se vai candidatar

Antes de pensar em submeter uma candidatura ao Portugal 2020, é importante que estude atentamente as características de cada programa, de forma a conseguir enquadrar corretamente os investimentos que irá fazer com os diversos sistemas de incentivos (por exemplo: compete 2020, Inclusão Social e Emprego, Capital Humano, Programa de Desenvolvimento Rural…).

Dando um exemplo prático, uma empresa que se queira candidatar a apoios na área de desenvolvimento de capacidades internas de produção, deve candidatar-se a um sistema de incentivo de “Qualificação PME” e não a um programa de Investigação e Desenvolvimento.

Este é sem dúvida um dos erros mais cometidos na realização das candidaturas aos diversos programas operacionais, isto porque se não for feito um enquadramento correto, as suas despesas podem não ser consideradas elegíveis, logo todo o trabalho foi em vão.

6 – Ser demasiado otimista nos resultados

Como explicamos anteriormente, na maior parte dos programas os financiamentos aprovados são reembolsáveis, a não ser que cumpra mais do que 100% do projeto. Tendo em conta esta questão, é importante que não seja demasiado otimista nos resultados que espera ter no ano pós-projeto (ano seguinte ao término do apoio).

O estudo de viabilidade económico e financeiro deve ser realizado para que a empresa consiga alcançar objetivos que lhe permitam a conclusão do projeto, sendo que deve deixar uma margem de manobra para poder obter resultados superiores (de forma a poder ultrapassa-los e ter algum montante a fundo perdido).

7 – Não conhecer os programas regionais

Embora possa não saber de antemão esta questão, nem todas as regiões do país têm acesso aos mesmos valores de financiamento, sendo que o PT2020 dá prioridade a algumas zonas do país como norte ou centro.

Submeter uma candidatura para uma empresa localizada em Lisboa em vez de deslocar a sede social para outra zona, pode fazer diferença na aprovação do projeto, pois os métodos de avaliação são bastante dispares, assim como a dotação orçamental.

Caso não saiba, Lisboa (que é o local preferido das empresas para sediarem as suas empresas) é a zona do país com uma menor dotação orçamental para aprovação dos projetos.

8 – Submeter a candidatura em cima da data limite

Os prazos das candidaturas são informados pelo programa operacional competente, e têm algum tempo entre a sua publicação e a data de fecho da mesma.

Por isso, é extremamente importante que não submeta uma candidatura na lata limite da mesma, isto por vários motivos, uns mais óbvios que outros:

  • Podem ocorrer erros no preenchimento;
  • O balcão 2020 pode deixar de funcionar;
  • Pode ter algum problema no acesso à plataforma;
  • Em caso de empate entre duas candidaturas diferentes, é aprovada a que foi entregue primeiro.

Não cometa este erro na candidatura ao Portugal 2020, pois pode ser o suficiente para depois de tanto trabalho ver o seu tempo perdido sem qualquer retorno.

9 – Achar que quem vai avaliar o seu projeto conhece a empresa tão bem como você

Algo que tem de ter em conta quando realiza uma candidatura é que quem está a avaliar a mesma não conhece a sua empresa nem o seu negócio, por isso tudo tem de ser explicado ao mais ínfimo pormenor.

Desde a história da empresa, aos objetivos que tem no futuro, assim como justificar todos os investimentos que irá realizar ao longo do processo (mesmo que eles não sejam elegíveis, é importante que os explique) para conseguir demonstrar desta forma que o projeto que está a submeter é enquadrável com os objetivos da empresa a curto/médio prazo.

10 – Achar que consegue submeter uma candidatura sozinho

Este é talvez dos erros mais comuns de quem está a tentar submeter uma candidatura ao novo quadro comunitário, achar que é simples preencher uma candidatura sem qualquer tipo de ajuda.

Não estamos certamente a duvidar da sua capacidade, no entanto o formulário não é algo fácil nem simples de preencher. São necessárias diversas questões financeiras e análises estratégicas que nem sempre as empresas sabem como devem preencher.

Deixamos lhe alguns exemplos de questões que necessita de preencher num formulário de candidatura (para um programa de apoios à internacionalização):

  • Quais são os objetivos estratégicos e SMART da empresa?
  • Qual é a situação da empresa nas áreas de competitividade crítica?
  • Qual o posicionamento na cadeia de valor (atual e futura)?
  • Análise dinâmica da SWOT?
  • Qual a dimensão atual e potencial do mercado em que atua?
  • Qual a direção de crescimento do mercado?
  • Descrição do plano de internacionalização?
  • Contributo do projeto na RIS em que está inserido?

Caso olhe para estas perguntas (e acredite que estas não são nem 1/5 das que terá de responder coerentemente) e não faça a menor ideia de como responder e explicar as mesmas, não é de todo aconselhável que submeta uma candidatura sem qualquer apoio.

Existem inúmeras empresas que são altamente especializadas na submissão das mesmas, e que fazem todo o trabalho por si, aumentando exponencialmente a probabilidade de aprovação de uma candidatura, sendo preferível que recorra a uma para fazer este trabalho por si.

Muitas trabalham com base no sucesso, ou seja, caso não seja aprovada a candidatura não tem qualquer custo, e assim tem uma garantia de que se correr bem o seu projeto é aprovado e pode avançar com a realização do mesmo, se não for também não paga nada.

Estes são os erros nas candidaturas ao Portugal 2020 que mais se verificam, por isso siga o nosso conselho e opte por recorrer a uma entidade externa altamente especializada que tenha experiência comprovada na submissão e aprovação deste tipo de candidaturas.

Veja também: Um guia passo a passo para concorrer ao PT 2020, com dicas essenciais para conseguir elaborar um projeto coerente.

Revisto por Ricardo Rodrigues

CEO e Fundador da NValores (RRNValores Unipessoal, Lda,)

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